olá, Amigos!!
Final de ano, época de avaliarmos nossas atitudes do ano que está chegando ao fim. Momento ideal para acreditar que no ano vindouro todos os nossos sonhos se tornarão realidade...
Um Natal abençoado para todos vocês e um ano novo de muitas realizações...
Abraço fraterno!!
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Receita de ano novo - Carlos Drummond de Andrade
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
domingo, 22 de março de 2009
Dia Mundial da Água -22 de março
Declaração Universal dos Direitos da Água
Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta.Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.
Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta.Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem.
Art. 3º - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.
Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.
Art. 5º - A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.
Art. 6º - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.
Art. 7º - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.
Art. 8º - A utilização da água implica no respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.
Art. 9º - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.
terça-feira, 3 de março de 2009
segunda-feira, 2 de março de 2009
Para homenagear o nosso eterno poeta Patativa, pelo seu centenário, postaremos alguns dos seus poemas...
Cante lá que eu canto cá
Poeta, cantô de rua,
Que na cidade nasceu,
Cante a cidade que é sua,
Que eu canto o sertão que é meu.
Se aí você teve estudo,
Aqui, Deus me ensinou tudo,
Sem de livro precisá
Por favô, não mêxa aqui,
Que eu também não mexo aí,
Cante lá, que eu canto cá.
Você teve inducação,
Aprendeu munta ciença,
Mas das coisa do sertão
Não tem boa esperiença.
Nunca fez uma paioça,
Nunca trabaiou na roça,
Não pode conhecê bem,
Pois nesta penosa vida,
Só quem provou da comida
Sabe o gosto que ela tem.
Pra gente cantá o sertão,
Precisa nele morá,
Tê armoço de fejão
E a janta de mucunzá,
Vivê pobre, sem dinhêro,
Socado dentro do mato,
De apragata currelepe,
Pisando inriba do estrepe,
Brocando a unha-de-gato.
Você é muito ditoso,
Sabe lê, sabe escrevê,
Pois vá cantando o seu gozo,
Que eu canto meu padecê.
Inquanto a felicidade
Você canta na cidade,
Cá no sertão eu infrento
A fome, a dô e a misera.
Pra sê poeta divera,
Precisa tê sofrimento.
Sua rima, inda que seja
Bordada de prata e de ôro,
Para a gente sertaneja
É perdido este tesôro.
Com o seu verso bem feito,
Não canta o sertão dereito,
Porque você não conhece
Nossa vida aperreada.
E a dô só é bem cantada,
Cantada por quem padece.
Só canta o sertão dereito,
Com tudo quanto ele tem,
Quem sempre correu estreito,
Sem proteção de ninguém,
Coberto de precisão
Suportando a privação
Com paciença de Jó,
Puxando o cabo da inxada,
Na quebrada e na chapada,
Moiadinho de suó.
Amigo, não tenha quêxa,
Veja que eu tenho razão
Em lhe dizê que não mêxa
Nas coisa do meu sertão.
Pois, se não sabe o colega
De quá manêra se pega
Num ferro pra trabaiá,
Por favô, não mêxa aqui,
Que eu também não mêxo aí,
Cante lá que eu canto cá.
Repare que a minha vida
É deferente da sua.
A sua rima pulida
Nasceu no salão da rua.
Já eu sou bem deferente,
Meu verso é como a simente
Que nasce inriba do chão;
Não tenho estudo nem arte,
A minha rima faz parte
Das obra da criação.
Mas porém, eu não invejo
O grande tesôro seu,
Os livro do seu colejo,
Onde você aprendeu.
Pra gente aqui sê poeta
E fazê rima compreta,
Não precisa professô;
Basta vê no mês de maio,
Um poema em cada gaio
E um verso em cada fulô.
Seu verso é uma mistura,
É um tá sarapaté,
Que quem tem pôca leitura
Lê, mais não sabe o que é.
Tem tanta coisa incantada,
Tanta deusa, tanta fada,
Tanto mistéro e condão
E ôtros negoço impossive.
Eu canto as coisa visive
Do meu querido sertão.
Canto as fulô e os abróio
Com todas coisa daqui:
Pra toda parte que eu óio
Vejo um verso se bulí.
Se as vêz andando no vale
Atrás de curá meus male
Quero repará pra serra
Assim que eu óio pra cima,
Vejo um divule de rima
Caindo inriba da terra.
Mas tudo é rima rastêra
De fruita de jatobá,
De fôia de gamelêra
E fulô de trapiá,
De canto de passarinho
E da poêra do caminho,
Quando a ventania vem,
Pois você já tá ciente:
Nossa vida é deferente
E nosso verso também.
Repare que deferença
Iziste na vida nossa:
Inquanto eu tô na sentença,
Trabaiando em minha roça,
Você lá no seu descanso,
Fuma o seu cigarro mando,
Bem perfumado e sadio;
Já eu, aqui tive a sorte
De fumá cigarro forte
Feito de paia de mio.
Você, vaidoso e facêro,
Toda vez que qué fumá,
Tira do bôrso um isquêro
Do mais bonito metá.
Eu que não posso com isso,
Puxo por meu artifiço
Arranjado por aqui,
Feito de chifre de gado,
Cheio de argodão queimado,
Boa pedra e bom fuzí.
Sua vida é divirtida
E a minha é grande pená.
Só numa parte de vida
Nóis dois samo bem iguá:
É no dereito sagrado,
Por Jesus abençoado
Pra consolá nosso pranto,
Conheço e não me confundo
Da coisa mió do mundo
Nóis goza do mesmo tanto.
Eu não posso lhe invejá
Nem você invejá eu,
O que Deus lhe deu por lá,
Aqui Deus também me deu.
Pois minha boa muié,
Me estima com munta fé,
Me abraça, beja e qué bem
E ninguém pode negá
Que das coisa naturá
Tem ela o que a sua tem.
Aqui findo esta verdade
Toda cheia de razão:
Fique na sua cidade
Que eu fico no meu sertão.
Já lhe mostrei um ispeio,
Já lhe dei grande conseio
Que você deve tomá.
Por favô, não mexa aqui,
Que eu também não mêxo aí,
Cante lá que eu canto cá.
Patativa de Assaré/Antônio Gonçalves da Silva
Do livro: "Cante lá, que Eu Canto cá", Ed. Vozes, 1978, RJ
O Poeta da Roça
Sou fio das mata, cantô da mão grosa
Trabaio na roça, de inverno e de estio
A minha chupana é tapada de barro
Só fumo cigarro de paia de mio.
Sou poeta das brenha, não faço o papé
De argum menestrê, ou errante cantô
Que veve vagando, com sua viola,
Cantando, pachola, à percura de amô.
Não tenho sabença, pois nunca estudei,
Apenas eu seio o meu nome assiná.
Meu pai, coitadinho! vivia sem cobre,
E o fio do pobre não pode estudá.
Meu verso rastero, singelo e sem graça,
Não entra na praça, no rico salão,
Meu verso só entra no campo da roça e dos eito
E às vezes, recordando feliz mocidade,
Canto uma sodade que mora em meu peito.
Poeta, cantô de rua,
Que na cidade nasceu,
Cante a cidade que é sua,
Que eu canto o sertão que é meu.
Se aí você teve estudo,
Aqui, Deus me ensinou tudo,
Sem de livro precisá
Por favô, não mêxa aqui,
Que eu também não mexo aí,
Cante lá, que eu canto cá.
Você teve inducação,
Aprendeu munta ciença,
Mas das coisa do sertão
Não tem boa esperiença.
Nunca fez uma paioça,
Nunca trabaiou na roça,
Não pode conhecê bem,
Pois nesta penosa vida,
Só quem provou da comida
Sabe o gosto que ela tem.
Pra gente cantá o sertão,
Precisa nele morá,
Tê armoço de fejão
E a janta de mucunzá,
Vivê pobre, sem dinhêro,
Socado dentro do mato,
De apragata currelepe,
Pisando inriba do estrepe,
Brocando a unha-de-gato.
Você é muito ditoso,
Sabe lê, sabe escrevê,
Pois vá cantando o seu gozo,
Que eu canto meu padecê.
Inquanto a felicidade
Você canta na cidade,
Cá no sertão eu infrento
A fome, a dô e a misera.
Pra sê poeta divera,
Precisa tê sofrimento.
Sua rima, inda que seja
Bordada de prata e de ôro,
Para a gente sertaneja
É perdido este tesôro.
Com o seu verso bem feito,
Não canta o sertão dereito,
Porque você não conhece
Nossa vida aperreada.
E a dô só é bem cantada,
Cantada por quem padece.
Só canta o sertão dereito,
Com tudo quanto ele tem,
Quem sempre correu estreito,
Sem proteção de ninguém,
Coberto de precisão
Suportando a privação
Com paciença de Jó,
Puxando o cabo da inxada,
Na quebrada e na chapada,
Moiadinho de suó.
Amigo, não tenha quêxa,
Veja que eu tenho razão
Em lhe dizê que não mêxa
Nas coisa do meu sertão.
Pois, se não sabe o colega
De quá manêra se pega
Num ferro pra trabaiá,
Por favô, não mêxa aqui,
Que eu também não mêxo aí,
Cante lá que eu canto cá.
Repare que a minha vida
É deferente da sua.
A sua rima pulida
Nasceu no salão da rua.
Já eu sou bem deferente,
Meu verso é como a simente
Que nasce inriba do chão;
Não tenho estudo nem arte,
A minha rima faz parte
Das obra da criação.
Mas porém, eu não invejo
O grande tesôro seu,
Os livro do seu colejo,
Onde você aprendeu.
Pra gente aqui sê poeta
E fazê rima compreta,
Não precisa professô;
Basta vê no mês de maio,
Um poema em cada gaio
E um verso em cada fulô.
Seu verso é uma mistura,
É um tá sarapaté,
Que quem tem pôca leitura
Lê, mais não sabe o que é.
Tem tanta coisa incantada,
Tanta deusa, tanta fada,
Tanto mistéro e condão
E ôtros negoço impossive.
Eu canto as coisa visive
Do meu querido sertão.
Canto as fulô e os abróio
Com todas coisa daqui:
Pra toda parte que eu óio
Vejo um verso se bulí.
Se as vêz andando no vale
Atrás de curá meus male
Quero repará pra serra
Assim que eu óio pra cima,
Vejo um divule de rima
Caindo inriba da terra.
Mas tudo é rima rastêra
De fruita de jatobá,
De fôia de gamelêra
E fulô de trapiá,
De canto de passarinho
E da poêra do caminho,
Quando a ventania vem,
Pois você já tá ciente:
Nossa vida é deferente
E nosso verso também.
Repare que deferença
Iziste na vida nossa:
Inquanto eu tô na sentença,
Trabaiando em minha roça,
Você lá no seu descanso,
Fuma o seu cigarro mando,
Bem perfumado e sadio;
Já eu, aqui tive a sorte
De fumá cigarro forte
Feito de paia de mio.
Você, vaidoso e facêro,
Toda vez que qué fumá,
Tira do bôrso um isquêro
Do mais bonito metá.
Eu que não posso com isso,
Puxo por meu artifiço
Arranjado por aqui,
Feito de chifre de gado,
Cheio de argodão queimado,
Boa pedra e bom fuzí.
Sua vida é divirtida
E a minha é grande pená.
Só numa parte de vida
Nóis dois samo bem iguá:
É no dereito sagrado,
Por Jesus abençoado
Pra consolá nosso pranto,
Conheço e não me confundo
Da coisa mió do mundo
Nóis goza do mesmo tanto.
Eu não posso lhe invejá
Nem você invejá eu,
O que Deus lhe deu por lá,
Aqui Deus também me deu.
Pois minha boa muié,
Me estima com munta fé,
Me abraça, beja e qué bem
E ninguém pode negá
Que das coisa naturá
Tem ela o que a sua tem.
Aqui findo esta verdade
Toda cheia de razão:
Fique na sua cidade
Que eu fico no meu sertão.
Já lhe mostrei um ispeio,
Já lhe dei grande conseio
Que você deve tomá.
Por favô, não mexa aqui,
Que eu também não mêxo aí,
Cante lá que eu canto cá.
Patativa de Assaré/Antônio Gonçalves da Silva
Do livro: "Cante lá, que Eu Canto cá", Ed. Vozes, 1978, RJ
O Poeta da Roça
Sou fio das mata, cantô da mão grosa
Trabaio na roça, de inverno e de estio
A minha chupana é tapada de barro
Só fumo cigarro de paia de mio.
Sou poeta das brenha, não faço o papé
De argum menestrê, ou errante cantô
Que veve vagando, com sua viola,
Cantando, pachola, à percura de amô.
Não tenho sabença, pois nunca estudei,
Apenas eu seio o meu nome assiná.
Meu pai, coitadinho! vivia sem cobre,
E o fio do pobre não pode estudá.
Meu verso rastero, singelo e sem graça,
Não entra na praça, no rico salão,
Meu verso só entra no campo da roça e dos eito
E às vezes, recordando feliz mocidade,
Canto uma sodade que mora em meu peito.
Centenário de Patativa do Assaré
Patativa do Assaré
--------------------------------------------------------------------------------
Sinopse biográfica
Antônio Gonçalves da Silva (Assaré CE, 1909 - idem 2002). Frequentou a escola por apenas quatro meses, em 1921, mas desde então vem "lidando com as letras", como ele mesmo afirmou. Agricultor, em 1922 já atuava como versejador em festas, e a partir de 1925, quando comprou uma viola, deu início à atividade de compositor, cantor e improvisador. Em 1926 teve um poema publicado no Correio do Ceará, mas seu primeiro livro, Inspiração Nordestina, seria lançado trinta anos depois, em 1956. Em 1978 publicou o livro Cante Lá que Eu Canto Cá, e em 1979 iniciou, com Poemas e Canções, a gravação de uma série de discos, entre os quais se destacam Canto Nordestino (1989) e 88 Anos de Poesia (1997). Seu último livro, Cordéis-Patativa do Assaré , é de 1999. A poesia de Patativa, que verseja em redondilhas e decassílabos, traduz uma visão de mundo "cabocla", muitas vezes nostálgica e desapontada com as mudanças trazidas pela modernidade e pela vida urbana. Sua obra aborda os valores e os ideais dos camponeses do interior do Ceará, em poemas que tematizam da reforma agrária ao cotidiano dos sertanejos cearenses.
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Sinopse biográfica
Antônio Gonçalves da Silva (Assaré CE, 1909 - idem 2002). Frequentou a escola por apenas quatro meses, em 1921, mas desde então vem "lidando com as letras", como ele mesmo afirmou. Agricultor, em 1922 já atuava como versejador em festas, e a partir de 1925, quando comprou uma viola, deu início à atividade de compositor, cantor e improvisador. Em 1926 teve um poema publicado no Correio do Ceará, mas seu primeiro livro, Inspiração Nordestina, seria lançado trinta anos depois, em 1956. Em 1978 publicou o livro Cante Lá que Eu Canto Cá, e em 1979 iniciou, com Poemas e Canções, a gravação de uma série de discos, entre os quais se destacam Canto Nordestino (1989) e 88 Anos de Poesia (1997). Seu último livro, Cordéis-Patativa do Assaré , é de 1999. A poesia de Patativa, que verseja em redondilhas e decassílabos, traduz uma visão de mundo "cabocla", muitas vezes nostálgica e desapontada com as mudanças trazidas pela modernidade e pela vida urbana. Sua obra aborda os valores e os ideais dos camponeses do interior do Ceará, em poemas que tematizam da reforma agrária ao cotidiano dos sertanejos cearenses.
domingo, 1 de março de 2009
HINO DA CF/2009
Tema: Fraternidade e seguraça pública
Lema: "A paz é fruto da justiça" (Is 32,17)
L.: José Antônio de Oliveira
M.: Daniel Pinto da Fonseca
1. Ó povo meu, chegou a mim o teu lamento,
Conheço o medo e a insegurança em que estás.
Eu venho a ti, sou tua força e teu alento.
Vou te mostrar caminho novo para a paz
Refr.: Onde pões tua confiança?
Segurança, quem te traz?
É o amor que tudo alcança;
Só a justiça gera a paz!
2.Quando o direito habitar a tua casa,
Quando a justiça se sentar à tua mesa,
A segurança há de brincar em tuas praças;
Enfim, a paz demonstrará sua beleza
3. A segurança é vida plena para todos:
Trabalho digno, moradia, educação;
É ter saúde e os direitos respeitados;
É construir fraternidade, é ser irmão.
4. É vão punir sem superar desigualdades;
É ilusão só exigir sem antes dar.
Só na justiça encontrarás tranquilidade;
Não-violência é o jeito novo de lutar.
5. É como teia de aranha, a segurança (Jó 8,14)
De quem confia só nas armas, no poder.
Não é violência, não são grades ou vingança
Que irão fazer paz e justiça florescer.
6. Eu desposei-te no direito e na justiça;
Com grande amor e com ternura te escolhi. (Os 2,18)
Como aceitar o desrespeito, a injustiça,
A intolerância e o desamor que vêm de ti?!
Lema: "A paz é fruto da justiça" (Is 32,17)
L.: José Antônio de Oliveira
M.: Daniel Pinto da Fonseca
1. Ó povo meu, chegou a mim o teu lamento,
Conheço o medo e a insegurança em que estás.
Eu venho a ti, sou tua força e teu alento.
Vou te mostrar caminho novo para a paz
Refr.: Onde pões tua confiança?
Segurança, quem te traz?
É o amor que tudo alcança;
Só a justiça gera a paz!
2.Quando o direito habitar a tua casa,
Quando a justiça se sentar à tua mesa,
A segurança há de brincar em tuas praças;
Enfim, a paz demonstrará sua beleza
3. A segurança é vida plena para todos:
Trabalho digno, moradia, educação;
É ter saúde e os direitos respeitados;
É construir fraternidade, é ser irmão.
4. É vão punir sem superar desigualdades;
É ilusão só exigir sem antes dar.
Só na justiça encontrarás tranquilidade;
Não-violência é o jeito novo de lutar.
5. É como teia de aranha, a segurança (Jó 8,14)
De quem confia só nas armas, no poder.
Não é violência, não são grades ou vingança
Que irão fazer paz e justiça florescer.
6. Eu desposei-te no direito e na justiça;
Com grande amor e com ternura te escolhi. (Os 2,18)
Como aceitar o desrespeito, a injustiça,
A intolerância e o desamor que vêm de ti?!
domingo, 15 de fevereiro de 2009
O custo em água
Segundo um estudo da UNESCO, para se produzir 300g de carne de porco, são necessários 1440 litros de água. Um bife de peito de frango “custa” 1770 e assim por diante. Veja na tabela abaixo alguns comparativos e tire suas próprias conclusões:
Produto Unidade Litros de Água
Açúcar 1kg 1500
Algodão 1 camiseta 2700
Café 1 xícara 140
Carne 1kg 15500
Cerveja 1 copo 75
Cevada 1kg 1300
Frango 1kg 3900
Hamburguer 1 unidade 2400
Leite 1 litro 1000
Milho 1kg 900
Ovos 1 unidade 200
Pão Uma fatia 40
Papel 1 folha A4 10
Queijo 1kg 5000
Soja 1kg 1800
Trigo 1kg 1300
Vinho Uma taça 120
Outro número interessante do estudo é o cálculo do gasto de 80 litros de água por dólar de produto industrializado. É claro que trata-se de uma média global, devido à miríade de indústrias e países onde se encontram. Enquanto nos EUA a média é de 100 litros por dólar, em países como a Austrália e o Canadá ela é 10-15 litros, enquanto na Índia, 20-25 litros.
Entretanto, é também importante notar que a agricultura é responsável pela maior parte da água consumida no mundo, superando em 10 vezes o consumo da indústria. Daí a importância de escolhas conscientes não apenas de produtos industrializados mas principalmente, dos alimentos que consumimos.
Fonte:http://mudeomundo.com.br/
Produto Unidade Litros de Água
Açúcar 1kg 1500
Algodão 1 camiseta 2700
Café 1 xícara 140
Carne 1kg 15500
Cerveja 1 copo 75
Cevada 1kg 1300
Frango 1kg 3900
Hamburguer 1 unidade 2400
Leite 1 litro 1000
Milho 1kg 900
Ovos 1 unidade 200
Pão Uma fatia 40
Papel 1 folha A4 10
Queijo 1kg 5000
Soja 1kg 1800
Trigo 1kg 1300
Vinho Uma taça 120
Outro número interessante do estudo é o cálculo do gasto de 80 litros de água por dólar de produto industrializado. É claro que trata-se de uma média global, devido à miríade de indústrias e países onde se encontram. Enquanto nos EUA a média é de 100 litros por dólar, em países como a Austrália e o Canadá ela é 10-15 litros, enquanto na Índia, 20-25 litros.
Entretanto, é também importante notar que a agricultura é responsável pela maior parte da água consumida no mundo, superando em 10 vezes o consumo da indústria. Daí a importância de escolhas conscientes não apenas de produtos industrializados mas principalmente, dos alimentos que consumimos.
Fonte:http://mudeomundo.com.br/
domingo, 25 de janeiro de 2009
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
POSSE DE BARACK OBAMA
Toma posse Barack Obama, 44º presidente dos EUA
Barack Hussein Obama, de 47 anos, traz no nome as origens americana, muçulmana e queniana.
A terça-feira histórica começou bem cedo para Barack Obama. Enquanto milhões de pessoas se reuniam nas ruas, Obama e a primeira-dama, Michelle, foram rezar na Igreja de Saint John, conhecida como a igreja dos presidentes. Depois seguiram para a Casa Branca. Obama e Michelle foram recebidos por Laura e George Bush, que se despediam da residência oficial. Michelle deu um diário de presente a Laura. E eles entraram para o café da manhã. Uma hora depois, saíram em uma limusine blindada, considerada a mais segura de todos os tempos. E foram para o Capitólio, o Congresso dos Estados Unidos, para a cerimônia de transmissão do poder. Obama apareceu na esplanada do Capitólio e foi saudado pela multidão espalhada por todos os cantos de Washington. Primeiro o vice-presidente Joe Biden prestou o juramento. Seguido por Barack Obama, que utilizou a mesma Bíblia usada por Abraham Lincoln em 1861. Obama foi ovacionado mais uma vez. Ele já era oficialmente o 44º presidente americano. A partir desta terça-feira, os Estados Unidos têm o que nunca tiveram: um presidente que não é branco, não é da elite. Isso é mais do que a conquista pessoal de Barack Obama. É a prova de como o país mudou. Chamado de "o renascer da liberdade", o discurso de posse durou 20 minutos. O novo presidente disse que os Estados Unidos estão em uma grave crise econômica e em meio a guerras. E afirmou que a hora é de preparar o país para uma nova era. "Nossos desafios são reais. Não serão vencidos facilmente, nem rapidamente. Mas saiba, América, eles serão alcançados", disse Obama. "Precisamos levantar, sacudir a poeira e reconstruir o país". Obama prometeu consertar a economia, construir estradas e pontes. Investir em tecnologia, em saúde e em novos meios de energia. Melhorar a qualidade do ensino e das escolas. "Tudo isso nós temos que fazer. E tudo isso nós faremos", garantiu Obama. Prometeu também entregar o Iraque ao povo iraquiano e levar a paz ao Afeganistão. "Com nossos velhos amigos e ex-inimigos, vamos trabalhar incansavelmente para combater a ameaça nuclear. Nosso espírito é forte e não será destruído. Vocês não vão sobreviver, nós venceremos", disse Obama, em um recado a países e grupos que fomentam o terrorismo pelo mundo. Pregando a união dos americanos, ele disse: "Nossa herança é a força, não a fraqueza. Somos uma nação de cristãos, muçulmanos, judeus, hindus, ateus. Somos um país formado por várias culturas e várias línguas. Por isso, temos que fazer o nosso papel de conduzir o mundo a uma nova era de paz". Para o mundo muçulmano, ele mandou um recado: “Nós vamos achar um caminho baseado no interesse e respeito mútuos. Para os líderes que procuram conflito ou culpam o mundo ocidental pelos problemas deles, saibam que os seus povos vão julgar vocês pelo que vocês construíram, e não pelo que destruíram”. Para os países pobres, outro recado do novo presidente americano: "Vamos trabalhar juntos para que suas terras floresçam, que as águas limpas corram, para alimentar os famintos”. E para os países ricos, alertou: "Não podemos ficar indiferentes ao sofrimento além de nossas fronteiras. Nem podemos consumir os recursos mundiais sem levar em conta os efeitos disso”. "Nossos desafios podem ser novos”, continuou o novo presidente. "Mas nossos valores, nossa força de trabalho e honestidade, coragem, tolerância, lealdade e patriotismo, tudo isso é antigo e verdadeiro. Precisamos retomar essas verdades. Precisamos nos preparar agora para uma nova era de responsabilidade. Todos os americanos têm este dever com eles mesmos, com o país e com o mundo”. "Esse é o sentido da nossa liberdade e da nossa crença", afirmou Obama. "Quando o homem cujo pai, há menos de 60 anos, não podia ser servido em um restaurante, pode agora estar diante de vocês, prestando o mais sagrado dos juramentos". Obama concluiu: "América, com esperança e virtude, vamos ser bravos novamente, vamos enfrentar as correntes geladas e as tempestades que podem vir com o olhar fixo no horizonte e com a bênção de Deus. Vamos carregar a grande herança da liberdade e entregá-la em segurança às futuras gerações". No fim da cerimônia, Obama levou George e Laura Bush até o helicóptero. Bush viajou para o seu rancho, no Texas. E Obama voltou para o Capitólio, para almoçar e se preparar para a segunda parte da festa.
Barack Hussein Obama, de 47 anos, traz no nome as origens americana, muçulmana e queniana.
A terça-feira histórica começou bem cedo para Barack Obama. Enquanto milhões de pessoas se reuniam nas ruas, Obama e a primeira-dama, Michelle, foram rezar na Igreja de Saint John, conhecida como a igreja dos presidentes. Depois seguiram para a Casa Branca. Obama e Michelle foram recebidos por Laura e George Bush, que se despediam da residência oficial. Michelle deu um diário de presente a Laura. E eles entraram para o café da manhã. Uma hora depois, saíram em uma limusine blindada, considerada a mais segura de todos os tempos. E foram para o Capitólio, o Congresso dos Estados Unidos, para a cerimônia de transmissão do poder. Obama apareceu na esplanada do Capitólio e foi saudado pela multidão espalhada por todos os cantos de Washington. Primeiro o vice-presidente Joe Biden prestou o juramento. Seguido por Barack Obama, que utilizou a mesma Bíblia usada por Abraham Lincoln em 1861. Obama foi ovacionado mais uma vez. Ele já era oficialmente o 44º presidente americano. A partir desta terça-feira, os Estados Unidos têm o que nunca tiveram: um presidente que não é branco, não é da elite. Isso é mais do que a conquista pessoal de Barack Obama. É a prova de como o país mudou. Chamado de "o renascer da liberdade", o discurso de posse durou 20 minutos. O novo presidente disse que os Estados Unidos estão em uma grave crise econômica e em meio a guerras. E afirmou que a hora é de preparar o país para uma nova era. "Nossos desafios são reais. Não serão vencidos facilmente, nem rapidamente. Mas saiba, América, eles serão alcançados", disse Obama. "Precisamos levantar, sacudir a poeira e reconstruir o país". Obama prometeu consertar a economia, construir estradas e pontes. Investir em tecnologia, em saúde e em novos meios de energia. Melhorar a qualidade do ensino e das escolas. "Tudo isso nós temos que fazer. E tudo isso nós faremos", garantiu Obama. Prometeu também entregar o Iraque ao povo iraquiano e levar a paz ao Afeganistão. "Com nossos velhos amigos e ex-inimigos, vamos trabalhar incansavelmente para combater a ameaça nuclear. Nosso espírito é forte e não será destruído. Vocês não vão sobreviver, nós venceremos", disse Obama, em um recado a países e grupos que fomentam o terrorismo pelo mundo. Pregando a união dos americanos, ele disse: "Nossa herança é a força, não a fraqueza. Somos uma nação de cristãos, muçulmanos, judeus, hindus, ateus. Somos um país formado por várias culturas e várias línguas. Por isso, temos que fazer o nosso papel de conduzir o mundo a uma nova era de paz". Para o mundo muçulmano, ele mandou um recado: “Nós vamos achar um caminho baseado no interesse e respeito mútuos. Para os líderes que procuram conflito ou culpam o mundo ocidental pelos problemas deles, saibam que os seus povos vão julgar vocês pelo que vocês construíram, e não pelo que destruíram”. Para os países pobres, outro recado do novo presidente americano: "Vamos trabalhar juntos para que suas terras floresçam, que as águas limpas corram, para alimentar os famintos”. E para os países ricos, alertou: "Não podemos ficar indiferentes ao sofrimento além de nossas fronteiras. Nem podemos consumir os recursos mundiais sem levar em conta os efeitos disso”. "Nossos desafios podem ser novos”, continuou o novo presidente. "Mas nossos valores, nossa força de trabalho e honestidade, coragem, tolerância, lealdade e patriotismo, tudo isso é antigo e verdadeiro. Precisamos retomar essas verdades. Precisamos nos preparar agora para uma nova era de responsabilidade. Todos os americanos têm este dever com eles mesmos, com o país e com o mundo”. "Esse é o sentido da nossa liberdade e da nossa crença", afirmou Obama. "Quando o homem cujo pai, há menos de 60 anos, não podia ser servido em um restaurante, pode agora estar diante de vocês, prestando o mais sagrado dos juramentos". Obama concluiu: "América, com esperança e virtude, vamos ser bravos novamente, vamos enfrentar as correntes geladas e as tempestades que podem vir com o olhar fixo no horizonte e com a bênção de Deus. Vamos carregar a grande herança da liberdade e entregá-la em segurança às futuras gerações". No fim da cerimônia, Obama levou George e Laura Bush até o helicóptero. Bush viajou para o seu rancho, no Texas. E Obama voltou para o Capitólio, para almoçar e se preparar para a segunda parte da festa.
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Negros americanos preparam-se para dia mais feliz de suas vidas
Washington, 20 jan (EFE).- A comunidade negra dos Estados Unidos prepara-se para viver hoje o dia mais feliz de sua história com a posse de Barack Obama como primeiro presidente negro do país.
Chloe Washington, moradora de Chicago que visita a capital americana, afirmou que este é o dia "mais feliz" de sua vida.
"É o dia que espero desde que comecei a votar, aos 18 anos", disse à agência Efe, sentindo um orgulho só comparável, segundo ela, ao que experimentou quando deu à luz seu filho.
Da mesma forma que a funcionária pública de Chicago de 51 anos, negros de todo o país viajaram para Washington para assistir à histórica posse de Obama que tornará realidade o sonho do reverendo Martin Luther King, cujo feriado foi comemorado ontem nos EUA, por ocasião do aniversário de seu nascimento, há 80 anos.
"Sonho que meus quatro filhos viverão um dia em um país no qual não serão julgados pela cor de sua pele, mas por seu caráter", disse King em 1963, em uma nação muito distinta.
Hoje, mais de 45 anos depois, 69% dos negros acham que este sonho se tornou realidade, segundo uma pesquisa divulgada ontem pela rede de televisão "CNN".
O líder dos direitos civis pronunciou seu discurso em frente ao monumento do presidente Abraham Lincoln (1861-1865) em Washington, onde, no domingo, um enorme concerto musical em homenagem a Obama lembrou a figura de King e a luta pela emancipação racial.
"Que soe a liberdade!", proclamaram vários dos cantores que subiram ao palco, relembrando uma das linhas do famoso discurso de King: "I have a Dream" (Tenho um sonho).
Também negra, Erika Newman, uma contadora do Texas, de 38 anos, foi uma das aproximadamente 400 mil pessoas que foi ao evento, acha que "o futuro de esperança que se abre não é só para mim, mas também para meu filho".
"Ele quer ser advogado e o que eu lhe digo é que foi assim que Obama começou", disse Newman sobre seu filho pequeno.
A texana, que já tem planejada outra viagem à capital para dentro de seis meses, na qual quer visitar a Casa Branca com seu filho, afirma que seu apoio a Obama será incondicional: "Vou respaldá-lo em cada passo do caminho".
A possibilidade de que o novo governante não consiga satisfazer as enormes expectativas nele depositadas é certamente real.
Entre seus desafios está o de solucionar a pior crise financeira dos últimos 80 anos, impulsionar uma economia que vive os momentos mais difíceis desde a Segunda Guerra Mundial, acabar a Guerra do Iraque e restaurar a danificada reputação dos EUA no mundo.
Diante de tamanha tarefa, o próprio Obama advertiu neste fim de semana que haverá "revezes, frustrações e decepções".
Mas nesta semana em Washington ninguém quer pensar no impossível, muito menos os negros americanos, que assistem atônitos a um sonho que, há apenas quatro décadas, parecia impossível de se alcançar.
"Ainda lembro da minha infância no Texas, como quando alguém comentou a um tio meu que tinha um negócio que como era isso possível se as pessoas supunham que os negros tinham que se dedicar era a varrer o chão", disse à Efe Ronald Gaines, um engenheiro da Flórida.
Para Gaines, o fato de os Estados Unidos elegerem um presidente negro demonstra o "muito" que o país avançou e mostra um sinal de tolerância e unidade.
O presidente eleito americano gerou um entusiasmo que não se vivia por décadas na política americana e que está à flor de pele nestes dias, nas abarrotadas ruas de Washington, onde os admiradores de Obama se multiplicam.
"Obama é maravilhoso", diz Cheryl Collins, uma enfermeira de 47 anos, se confessando "entusiasmada com o que está a ponto de acontecer".
Linda Fine, que viajou de Los Angeles para a posse, mal acredita no que vê. "Olhe, por favor, ao seu redor e me diga quando já viu tais 'rios humanos' para uma posse", disse Fine à Efe, na saída do concerto no domingo.
As autoridades esperam que 2 milhões de pessoas participem hoje da posse de Obama, o que obrigou as autoridades a montarem o maior dispositivo de segurança na história de Washington.
Teresa Bouza
Fonte: www.yahoo.com.br/noticias
Chloe Washington, moradora de Chicago que visita a capital americana, afirmou que este é o dia "mais feliz" de sua vida.
"É o dia que espero desde que comecei a votar, aos 18 anos", disse à agência Efe, sentindo um orgulho só comparável, segundo ela, ao que experimentou quando deu à luz seu filho.
Da mesma forma que a funcionária pública de Chicago de 51 anos, negros de todo o país viajaram para Washington para assistir à histórica posse de Obama que tornará realidade o sonho do reverendo Martin Luther King, cujo feriado foi comemorado ontem nos EUA, por ocasião do aniversário de seu nascimento, há 80 anos.
"Sonho que meus quatro filhos viverão um dia em um país no qual não serão julgados pela cor de sua pele, mas por seu caráter", disse King em 1963, em uma nação muito distinta.
Hoje, mais de 45 anos depois, 69% dos negros acham que este sonho se tornou realidade, segundo uma pesquisa divulgada ontem pela rede de televisão "CNN".
O líder dos direitos civis pronunciou seu discurso em frente ao monumento do presidente Abraham Lincoln (1861-1865) em Washington, onde, no domingo, um enorme concerto musical em homenagem a Obama lembrou a figura de King e a luta pela emancipação racial.
"Que soe a liberdade!", proclamaram vários dos cantores que subiram ao palco, relembrando uma das linhas do famoso discurso de King: "I have a Dream" (Tenho um sonho).
Também negra, Erika Newman, uma contadora do Texas, de 38 anos, foi uma das aproximadamente 400 mil pessoas que foi ao evento, acha que "o futuro de esperança que se abre não é só para mim, mas também para meu filho".
"Ele quer ser advogado e o que eu lhe digo é que foi assim que Obama começou", disse Newman sobre seu filho pequeno.
A texana, que já tem planejada outra viagem à capital para dentro de seis meses, na qual quer visitar a Casa Branca com seu filho, afirma que seu apoio a Obama será incondicional: "Vou respaldá-lo em cada passo do caminho".
A possibilidade de que o novo governante não consiga satisfazer as enormes expectativas nele depositadas é certamente real.
Entre seus desafios está o de solucionar a pior crise financeira dos últimos 80 anos, impulsionar uma economia que vive os momentos mais difíceis desde a Segunda Guerra Mundial, acabar a Guerra do Iraque e restaurar a danificada reputação dos EUA no mundo.
Diante de tamanha tarefa, o próprio Obama advertiu neste fim de semana que haverá "revezes, frustrações e decepções".
Mas nesta semana em Washington ninguém quer pensar no impossível, muito menos os negros americanos, que assistem atônitos a um sonho que, há apenas quatro décadas, parecia impossível de se alcançar.
"Ainda lembro da minha infância no Texas, como quando alguém comentou a um tio meu que tinha um negócio que como era isso possível se as pessoas supunham que os negros tinham que se dedicar era a varrer o chão", disse à Efe Ronald Gaines, um engenheiro da Flórida.
Para Gaines, o fato de os Estados Unidos elegerem um presidente negro demonstra o "muito" que o país avançou e mostra um sinal de tolerância e unidade.
O presidente eleito americano gerou um entusiasmo que não se vivia por décadas na política americana e que está à flor de pele nestes dias, nas abarrotadas ruas de Washington, onde os admiradores de Obama se multiplicam.
"Obama é maravilhoso", diz Cheryl Collins, uma enfermeira de 47 anos, se confessando "entusiasmada com o que está a ponto de acontecer".
Linda Fine, que viajou de Los Angeles para a posse, mal acredita no que vê. "Olhe, por favor, ao seu redor e me diga quando já viu tais 'rios humanos' para uma posse", disse Fine à Efe, na saída do concerto no domingo.
As autoridades esperam que 2 milhões de pessoas participem hoje da posse de Obama, o que obrigou as autoridades a montarem o maior dispositivo de segurança na história de Washington.
Teresa Bouza
Fonte: www.yahoo.com.br/noticias
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Alunos Aprovados na recuperação 2008
8º Ano "B"
Cícero Ytalo Gomes de Sousa - nota: 6,0
Cícero Daniel de Oliveira Silva - nota: 8,0
8º Ano "C"
Dágilla Hivila Silva do Nascimento - nota: 6,0
David Araújo Feitosa - nota: 6,0
Cícero Ytalo Gomes de Sousa - nota: 6,0
Cícero Daniel de Oliveira Silva - nota: 8,0
8º Ano "C"
Dágilla Hivila Silva do Nascimento - nota: 6,0
David Araújo Feitosa - nota: 6,0
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